FAMÍLIA BARREIROS
Descrição do Brasão

As Cartas de Armas e Alvarás do Conselho de Nobreza atribuem armas próprias aos Barreiros, que são também as usadas pelos Bairros.

Escudo: de ouro, com três troncos esgalhados de sua cor, soltos, alinhados em barra e postos em banda.

Timbre: os três troncos do escudo atados de ouro.

Assim se refere Alão de Morais no titulo "Barreiros de Viseu" e também assim consta de um brasão passado em 1616 a Clemente Pires Farinha Barreiros.


História

Os Barreiros, oriundos da Beira, retiraram o seu nome do lugar de Barreiros, junto a Viseu, “honra” dos filhos de algo da estirpe “de Barreiros”. Documentado está Martim Fernandes “de Barreiros”, senhor da honra deste nome na “terra” de Viseu. Possuía ainda haveres, direitos e foros na freg. de Santa Leocádia (Tabuaço). Dele os herdou seu filho João Martins “de Barreiros” que em 1308 os doou, pelo menos em parte, ao mosteiro de Salzedas.

Deste deve descender o Martim Barreiros, ao qual em 1395, o rei dá aos seus filhos de aforamento perpétuo uma casa na Guarda, no local da torre dos Ferreiros, por 55 soldos 1. Este último parece irmão de Pedro Esteves de Barreiros, herdeiro da honra de Barreiros que depois passou a seu filho Afonso Pires de Barreiros, que recebe do rei D.Duarte, a 23/1/1434 a confirmação dos privilégios da honra que herdou.

Deste ultimo deve descender o Rui Barreiros, escudeiro, juiz do rei em Viseu, como se documenta numa pública forma de 16.6.1450 (pergaminhos do Cabido de Viseu), e de sua mulher Filipa de Seixas, que vivia viúva na rua do Miradouro, em Viseu, pais de Rui Barreiros de Seixas, cavaleiro da Ordem de Cristo e nesta ordem comendador de Stº André de Pinhel, juiz ordinário (1511 e 1515) e vereador do Senado de Viseu (1503, 1511 e 1515), recebedor das Sisas de Viseu (2.6.1518), de Paços de Silgueiros (22.7.1518), dos Coutos (23.7.1518), de Ramo e Lourosa (22.6.1519), etc., casado segundas nupcias com Maria de Barros, meia-irmã do grande historiador João de Barros, autor das «Décadas da Ásia».Com geração nos Barreiros de Viseu, que usaram as armas dos Barros (nome por vezes corrompido na forma de Bairros).


A Origem

Apelido nobre de origem geográfica, embora na maior parte dos casos seja usado sem preposição. Alguns genealogistas afirmam que Barreiros e Bairros pertencem à mesma linhagem. Outros, mais razoavelmente, estendem esta ligação à estirpe dos Barros, que usam armas diversas, existindo uma confusão ainda maior entre estas duas últimas formas, usadas de forma indiferenciada no séc. XVI e XVII.

De referir também que os Basto ou Bastos usam as armas dos Barreiros e dos Bairros, talvez por terem a mesma origem ou por as terem recebido por casamento.

Para além do referido, as ligações familiares entre Barreiros e Barros foram várias, pelo que alguns ramos de Barreiros passaram a usar as armas dos Barros que lhes provinham por casamento, facto que veio diluir ainda mais aquilo que os genealogistas pretendiam destrinçar.

O bispo de Malaca D. João Ribeiro Gaio, poeta que se dedicou à Genealogia, por exemplo, reune os Barreiros e os Barros na mesma quintilha, como uma única Família, ao cantar-lhes a sua nobreza.

Sendo um nome com típicas origens toponímicas, é possível que existam várias famílias não aparentadas entre si que o tenham adoptado por apelido.


Títulos, Morgados e Senhorios
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