GALERIA DE IMAGENS
HISTÓRIA CLUBE ITAJUBENSE
CAPÍTULO 08

A história relatada nestes textos foram tira da do livro "Conversa Centenária - A História dos 100 anos do Clube Itajubénse - De: Fernando Antônio Xavier Brandão". Por ser muito extenso, foram divididos em capítulos separados e para facilitar ao leitor em sua pesquisa e leitura.

Segue abaixo os índices dos capítulos e para acessa-los basta clicar num dos links.

INDICE

CAPÍTULO 01  - Dos sonhos à realidade .............................CLIQUE AQUI

CAPÍTULO 02  - Consolidação I e II....................................CLIQUE AQUI

CAPÍTULO 03 - A primeira das instalações...........................CLIQUE AQUI

CAPÍTULO 04 - Adm. do clube em seus primeiros 50 anos ......CLIQUE AQUI

CAPÍTULO 05 - Pausa histórica na madrugada 10/jul/1947......CLIQUE AQUI

CAPÍTULO 06 - Adm. do clube nos últimos 50 anos................CLIQUE AQUI

CAPÍTULO 07 - Pontos altos da história do clube..................CLIQUE AQUI

CAPÍTULO 08 - Entre eventos, teceram-se acordos..............CLIQUE AQUI

CAPÍTULO 09 - Os carnavais do Clube Itajubense.................CLIQUE AQUI

CAPÍTULO 10 - Os bailes de debutantes.............................CLIQUE AQUI

CAPÍTULO 11 - Sede campestre........................................CLIQUE AQUI

CAPÍTULO 12 - Fatos curiosos..........................................CLIQUE AQUI

CAPÍTULO 13 - Apoio inestimável......................................CLIQUE AQUI

CAPÍTULO 14 - Festividades e planos futuros......................CLIQUE AQUI

CAPÍTULO 15 - Aplausos finais..........................................CLIQUE AQUI

CAPÍTULO 08


Entre Eventos, teceram-se acordos, nesse Clube Centenário - O CLUBE ITAJUBENSE

"Em teus umbrais, multiplicou-se a História Em um sem número de eventos, reuniões, recepções já esquecidas. Quantos conchaves aqui foram selados, entre vozes sussurradas e rouquenhas? Ninguém contou, nem registrou acordos tão insuspeitos. Ah, essas pátinas antigas, a quantas decisões não assistiram, E mudas ficaram, como agora, a gozar da confiança de segredos. Quantas vezes, o ar abafado não exigiu abrir essas janelas empoeiradas Para refrescar o calor de discussões soturnas, Decidindo, decidindo outros destinos. Políticos, financistas, oportunistas fizeram do teu refúgio O palco sem limites de cobranças e de promessas não cumpridas. Tudo aqui se resolvia - o emprego, a proteção, a expansão O empréstimo, a dívida e o perdão da dívida. Entre doses de xerez e de Porto, em taças cristalinas. Na penumbra recortada por projeções de luz Que te espionam pela veneziana antiga Há fragmentos de outros eventos, dormindo no regaço de teus lustres São rimas de poemas declamados e passos leves de bailarinas. São acordes de orquestras, falsas promessas, beijos roubados, Em teus arquivos guardados, em segredo e nostalgia. Em teus umbrais, multiplicou-se a História Do município que crescia, a espera das tuas reuniões. Onde estarão as vozes que negociaram? Onde estarão os cavalheiros de outrora, pisando de leve em teus tapetes macios? Onde ficaram teus oradores, perdidos no silêncio almofadado Dos teus salões de tantos segredos confiados? Onde ficaram, oh velho Clube, aqueles vates, aqueles sonhadores, Que escondestes para sempre como vencidos Entre tantos que aqui foram vencedores?"

Fernando Brandão

O Clube Itajubense sempre foi o local mais nobre da cidade de Itajubá, para recepções a ilustres visitantes, reuniões de acordos políticos, cerimônias cívicas, banquetes de congraçamentos, jantares de Clubes de Serviços, eventos beneficentes, reuniões de premiações e reconhecimentos, conferências culturais, exposições de pinturas e de fotografias, recitais poéticos, espetáculos de teatro, canto e dança, concertos de orquestras e de instrumentistas, exibições de mágicos e humoristas.

A história do município de Itajubá está indelevelmente acoplada à história do principal centro de reuniões da sua sociedade. Ambos, município e Clube, formaram, quase sempre, uma entidade única, tal a perfeita simbiose, que nestes últimos cem anos caracterizou suas existências.

Por isso, seria temerário alinhar tudo o que se passou, entre suas vetustas paredes. Em prol do detalhe, resvalaríamos pela imprecisão e cometeríamos injustiças com os esquecimentos. Assim, serão destacados, neste capítulo, somente alguns eventos, amostras aleatórias dos muitos que ali foram realizados, todos com os mesmos cuidados de preparação, a mesma expectativa pelos resultados e o mesmo sorriso de satisfação dos seus participantes, quando cumprimentados ou ovacionados ao final dos eventos.

Os itajubenses sempre foram atenciosos com políticos, artistas e homenageados, que passaram pelo Salão de Festas ou pelo Living Room do Clube, como foi chamada a Sala de Visitas, localizada no segundo pavimento, depois da Reforma de 1926/27.

Os eventos mais antigos, que se tem registro, foram as reuniões de apresentação das "Theses Litterarias", com as quais os primeiros sócios brindaram a sociedade itajubense, desde o início do seu funcionamento.

Em 13 de julho de 1902, houve um recital de piano, com o médico Carlos Barrouin (em dezembro de 1901, havia sido comprado o piano marca Pleyel).

Em 10 de novembro de 1902, realizou-se uma festa marcante para a inauguração da luz a gás de acetileno. Era o adeus para sempre aos velhos e fumegantes lampiões de querosene.

Em 25 de janeiro de 1905, foi a vez de um concerto lírico, instrumental e vocal, com a participação de Antonio e Maria Franzoso, artistas que nos visitavam e com os itajubenses Luiz Ramos de Lima, Miguel Vianna, Francisco Nisticó e outros músicos, amadores de renome artístico na cidade.

Em 15 de agosto de 1911, houve a conferência do Geógrafo e Professor Pedro Bernardo Guimarães, sobre a influência da língua Tupi-Guarani na cultura brasileira. O filho do grande romancista e poeta Bernardo Guimarães e pai do grande historiador itajubense, José Armelim Bernado Guimarães, marcaria sua passagem por Itajubá, com a publicação de um livro de grande valor sobre o município, no qual enfocou, com muito conhecimento, a história de sua fundação.

Em 16 de julho de 1917, o Salão de Festas do Clube abrigou a solenidade de formatura da primeira turma de 16 engenheiros do Instituto Eletrotechnico e Mecanico de Itajubá. Presidia o Clube nessa ocasião o Sr. Antonio Pereira Rennó. Foi a culminância do sonho do grande itajubense Dr. Theodomiro Carneiro Santiago. Os primeiros engenheiros especializados em Usinas Hidroelétricas ganhavam esse imenso Brasil, que ensaiava seus primeiros passos em tecnologias de eletrificação, graças ao grande educador itajubense.

Certos registros, embora simples, marcam eventos de transcendental importância. Vejam só, com que simplicidade, ficou na ata de Reunião de Diretoria de 12 de março de 1920, o registro do Baile de Formatura da Turma de 1919 do Instituto Eletrotechnico e Mecanico de Itajubá.

"O Presidente Dr José Braz comunico que tendo uma comissão de Engenheirandos do Instituto Eletrotechnico, desta cidade, pedido o salão nobre deste Club, para a realização de uma festa amanhã, 13 do corrente, tinha cedido, digo prazerosamente atendido aquelle pedido, em nome da Diretoria do Club."

Em 11 de junho de 1924, era a vez do Clube abrir seu salão para a Exposição de Pintura do artista itajubense Luiz Teixeira, ex-aluno do grande pintor acadêmico Almeida Júnior. Foi evento marcante da administração José Maria Afflalo.

Em 22 de novembro de 1924, ainda durante a Presidência de José Maria Afflalo, o Secretário José Minervino de Salles, assim, registrou, em Ata de Reunião da Diretoria, as notícias sobre um concerto de violino e sobre o banquete que a Sociedade Itajubense oferecera ao Exmo. Sr. Comandante do 4º BE e a magnífica retribuição da família daquele insigne militar à sociedade da terra, que tão bem o acolhera:

"No expediente, o Sr. Presidente comunicou que tendo cedido o salão do Club para a realização de algumas festas e concertos, tinha o prazer de levar ao conhecimento de seus membros da Directoria, que essas reuniões tinham corrido na melhor ordem e no meio da maior cordialidade. O concerto, realizado pelo Exmo.Violinista Clovis de Queiroz, teve boa concorrência e ao terminar, realizaram-se animadas danças.

O banquete offerecido por diversos consócios ao ilustre Cel. Lebon Regis, realizou-se no dia 16 do corrente, e foi, também, uma festa encantadora, tendo sido encerrada com alguns números de canto pela Exma. Sra. D. Annita Pinto Santiago. No dia 19, teve lugar o baile offerecido pela Exma. Família Lebon Regis à Sociedade Itajubense. Foi esta uma festa, que gratas recordações deixou em nossa querida associação, já pela significação, como também, pela cordialidade que se notou. Congratulava-se, pois, com o Club, pela realização de festas, que tanto recomendam o grande desenvolvimento de nossa associação."

Em 31 de agosto de 1925, os políticos itajubenses recepcionaram o Presidente do Estado de Minas Gerais, Dr. Fernando de Melo Vianna.

 

Solenidade de Formatura dos Engenheirandos da Turma de 1928 Na foto, destacamos o Dr. Theodomiro Carneiro Santiago, Diretor da Escola e o Dr. José Rodrigues Seabra.


Recepção ao Presidente do Estado de Minas Gerais. Dr. Fernando de Melo Vianna, em 31 de agosto de 1925.


Recepção ao Presidente da República Dr. Getúlio Dorneles Vargas e ao seu Ministro, General Eurico Gaspar Dutra, em 16 de julho de 1939.


O grande político, que nos visitava, ocupava o cargo de Secretário do Interior, quando faleceu o Presidente de Minas, Raul Soares, em 1924. A Assembléia dos Deputados o elegeu, para completar o mandato de Raul Soares. Governou Minas até 1926, quando foi substituído por Antonio Carlos de Andrada. Na qualidade de Vice-Presidente de Washington Luiz, também, foi exilado para a Europa, quando Getúlio Vargas tomou o poder, após a Revolução de 1930.

be, do Dr. Wenceslau Braz Pereira Gomes, ex-Presidente do Estado e Ex-Presidente da República, o Dr. Fernando de Melo Vianna foi o segundo mandatário de Minas Gerais a ser recebido no Clube Itajubense. À frente dos associados, a brilhante personalidade do Presidente Thiago Carneiro Santiago.

Mais um histórico registro encontra-se na Ata de Reunião do dia 31 de dezembro de 1925 quando estava na presidência o Sr. Thiago Carneiro Santiago:

"A Directoria resolveu ceder os seus salões para um baile promovido por diversos sócios do Club, para o concerto vocal da soprano italiana Lina Melly e para o festival com que os engenheirandos do Instituto Electrotechnico cellebrarão a collação de grau, a realizar-se no dia 1º de Março próximo futuro."

Em 28 de fevereiro de 1926, em Reunião de Diretoria, o Presidente Dr. José Braz Pereira Gomes, conforme anotou o Secretário José Maria Afflalo, comunicou "que havia cedido o Salão do Club para se realizar o concerto vocal e instrumental do Maestro Fructuoso de Lima Vianna, cuja renda se reverterá em benefício da Santa Casa de Misericórdia desta cidade."

As festas comemorativas dos aniversários do Clube, realizadas a 15 de junho, tinham registros saborosos, por parte dos atenciosos Secretários. Vejam como foi registrada a festa do aniversário de 1927 - 30 anos! - em 12 de julho de 1927, quando era Presidente José Maria Afflalo:

"O Sr. Presidente comunicou que as festas realizadas no Club, em comemoração à data de sua fundação, tiveram grande brilhantismo, correndo tudo na melhor ordem, confirmando, assim, a fama de civilização de nossa terra. Disse, ainda, o referido senhor que, tendo cedido os salões do Club, para a realização da hora acadêmica, da qual fazem parte muitos sócios desta sociedade, a referida festa também esteve encantadora, dando ensejo para que as Exmas. Famílias, aqui reunidas, se deleitassem por algumas horas."

Em 15 de novembro de 1927, o Clube Itajubense abrigou uma das maiores festas de sua história, quando foi inaugurado o novo prédio, resultante da Grande Reforma de 1926/27.

Em 12 de outubro de 1929, a orquestra organizada e dirigida pelo maestro Francisco Nisticó com músicos itajubenses, exibiu-se em espetáculo de gala, em seu Salão de Festas.

Em 19 de junho de 1930, o Clube sediava o Primeiro Congresso Comercial, Industrial e Agrícola de Minas Gerais. Evento com uma grande organização, contou com a Inteligência e o carisma do grande Presidente Dr. Luiz de Lima Vianna.

Em 2 de setembro de 1930, é registrada uma curiosa correspondência recebida de aluno do Instituto Eletrotechnico e Mecanico de Itajubá. O Presidente Dr. Luiz de Lima Vianna mandou o secretário transcrever as súmulas do pedido e de sua resposta, no Livro de Atas da Reunião:

"Officio do Sr. Oswaldo Paiva Almeida, pedindo, em nome dos estudantes do Instituto Eletrotechnico e Mecanico, desta cidade, lhes fosse cedido o salão de festas do Club, para realização de um baile, pago, cujo producto se destinará à aquisição de um terreno, para a prática de atletismo em geral, objectivo este que pretendiam alcançar com a organização de outros bailes e festas de natureza variada. (...) O Presidente resolveu ceder o salão de danças aos estridentes do Instituto Eletrotechnico e Mecanico para a realização de sua festa, por julgar de muita felicidade a sua iniciativa, que não devia ser desamparada, por isso que, além de proporcionar aos habitantes da cidade mais um ponto de reunião, tem por fim principal o desenvolvimento physico da nossa mocidade."

Entre julho de 1930 e maio de 1932, o CIube foi palco de nada menos que quatro recitais de música clássica, que tiveram grande repercussão e efetiva influência rio meio de pianistas amadores itajubenses - em vinte e três de julho de 1930, com o pianista Geraldo Rocha Pereira; em 12 de fevereiro de 1931, com a pianista e declamadora Gracita de Miranda, do Conservatório de Música de São Paulo; recital de Chopin, com a pianista lvna de Moraes, com números de canto lírico do tenor itajubense Luiz de Lima Vianna e de Maria Pereira, em 13 de maio de 1932 e três dias depois, em 16 de maio de 1932, outro recital com o pianista José Brandão. Foram realizações do Dr. Luiz de Lima Vianna um grande amante e incentivador da música erudita.

Em 14 de fevereiro de 1933, era prestada uma homenagem ao Ministro da Guerra General Deschamps Cavalcanti, que viera tratar, em Itajubá, do nosso mais importante e duradouro centro industrial, a Fábrica de Canos e Sabres para Armas Portáteis, a nossa atual IMBEL.

Em 20 de julho de 1935, ocorreu nas dependências do Salão Nobre, o recital do pianista clássico itajubense Fructuoso de Lima Vianna, cuja obra alcançaria renome internacional. O Presidente do Clube era o Dr. Luiz de Lima Vianna.

A grande educadora, Professora Nair Prado, baluarte da cultura itajubense recorda-se, com saudades, de inúmeros eventos culturais, por ela organizados, a pedido de Presidentes do Clube itajubense.

Especializada em Educação Física, em Belo Horizonte, foi professora de ballet e ginástica de várias filhas de associados do Clube, em 1936 e 1937, a convite do Presidente Dr. Luiz de Lima Vianna. Entre 1937 e 1940, por quatro anos seguidos, juntamente com D. Salô Vianna Braga e Nenzinha Melo, promoveu Teatro Infantil, para filhos dos sócios.

Voltou a colaborar com o Clube, em 1976 e 1982, em convênio com a Prefeitura Municipal de Itajubá, quando trouxe o Ballet Infantil do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Foi a primeira vez que aquele Teatro permitiu excursão artística de suas pequeninas bailarinas.

No dia 16 de julho de 1939, no 50º aniversário da Fábrica de Armas, Itajubá e o Clube Itajubense se desdobraram em honrarias, na recepção ao Presidente da República Getúlio Dorneles Vargas e ao seu Ministro da Guerra, General Eurico Gaspar Dutra, que viria a ser Presidente da República, em 1946/50. Suas Excelências vieram acompanhados de nosso Governador de Estado Dr. Benedito Valadares e fizeram uma visita oficial às instalações da Fábrica de Armas. A magnífica recepção no Clube, que marcou época na história política de Itajubá, teve o pulso firme do grande Administrador Dr. Luiz de Lima Viana.

Uma importante reunião de líderes da cidade foi realizada no Clube, em 25 de agosto de 1941. Com grandes esperanças fundaram o Aeroclube de Itajubá, tendo como Presidente de Honra o Dr. Wenceslau Braz Pereira Gomes; Presidente: Cel. Alcides Faria; Vice-Presidente: Dr. João Sebastião Ribeiro de Azevedo; 1º Secretário: Dr. José de Lima Medeiros; 2º Secretário: Moacir Pereira; Tesoureiro: Dr. Luiz de Lima Vianna e Diretores: Dr. José Rodrigues Seabra, Ten. Cel. Antonio Carlos Bello Lisboa e Fortunato Pereira. Todos sócios renomados do Clube Itajubense!

Em 15 de agosto de 1946, a poetisa e declamadora paulista Bela Monteiro encantou a platéia reunida no Salão Nobre do Clube, com sua arte e a comovedora beleza de seus poemas.

O pianista italiano Arnaldo Marchesotti deixou a impressão de exímio virtuose, quando de seu recital, em 15 de novembro de 1949, com o Salão de Festas abarrotado por atenta e culta platéia.

Em 10 de fevereiro de 1950, tivemos o último recital, no Salão de Festas original da Reforma de 1926/27. Exibiu-se, sob calorosas salvas de palmas, o pianista Geraldo Rocha Barbosa. Era Presidente do Clube o Dr. José de Lima Medeiros, um dos expoentes da cultura itajubense.

Depois veio a reforma do Dr. Medeiros, que construiu o novo Salão de Festas, que triplicou a área disponível para o público. Nesse Salão Novo, inaugurado com um baile de Carnaval, em 23 de fevereiro de 1952, exibiu-se, em 29 de outubro de 1952, a notável pianista Ivany Leme. Ainda no mesmo ano, em 19 de outubro, foi inaugurada a exposição de telas do pintor italiano Giuseppe Bacan.

Em 5 de setembro de 1953, o Salão de Festas foi pequeno para o público, que visitou uma das mais lindas exposições de pintura da história do Clube. Inaugurava-se nesse dia, a exposição da Professora D. Ruth Souza Nilo araújo. Grande mestra do idioma Português, professora queridíssima do Colégio de Itajubá, D. Ruth era formada pela Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro, e lecionava, também, pintura. Grande artista, de trabalhos clássicos premiados, D. Ruth apresentou-se ao público itajubense como a grande pintora que era, dona de técnica esmerada e de indescritível bom gosto. O inesquecível evento foi mais uma obra do insigne Presidente Dr. Medeiros.

Em 6 de fevereiro de 1954, em sua primeira exibição na cidade, a orquestra Casino de Sevilha deslumbrou Itajubá com a categoria de seus músicos e com a riqueza de seu repertório. Para tal evento, não mediram esforços o Presidente Dr. Medeiros e o Diretor Social João Baptista Brito.

Em 1954, apresentou-se, em magnífico baile, o cantor e astro de Hollywood, Carlos Ramirez. O grande artista veio ao Brasil e só se exibiu em duas casas, a boate do Hotel Lord, em São Paulo e no Clube Itajubense, numa iniciativa do Diretor Social João Baptista Brito.

Em setembro de 1955, foi apresentado no clube Itajubense o famoso evento da época, "Desfile Bangu". Era diretor social da época o Sr. João Baptista Brito.

Em 25 de setembro de 1955, foi a vez dos alunos de nossa Escola de Música, departamento local do Conservatório Brasileiro de Música, com um magnífico concerto, deixar deslumbrada a seleta platéia, que lotou o Salão de Festas do Clube. Eram os talentos de estudantes itajubenses e de cidades próximas, que se exibiam em público, pela primeira vez. Empreendimento do bom gosto do Presidente Dr. Medeiros.


Baile em Homenagem ao Coronel Belo Lisboa, em 1938 Da esquerda para direita, temos Ambrosina de Freitas Paiva; Alaíde Masseli; Carmen Masseli; Carmen Silva ( um pouco atrás); Yolanda Masseli; Diva Corrêa; Didi Miranda (de vestido preto); Maria Pereira ( um pouco atrás ); uma moça não identificada, um pouco atrás; Chiquita Miranda; Salô Vianna; Coronel Belo Lisboa; Major Moraes ( da Fábrica de Armas), uma menina; a menina Aparecida Belo Lisboa, Dr. Peres (de branco, um pouco atrás); mãe do Coronel Belo Lisboa (à frente, de preto, com o garoto Genice Pereira) Laurita Sanches, esposa do Coronel Belo Lisboa ; não identificado 1; não identificado 2; Márcia Queiroz; Aracelli Vasques um pouco atrás, de preto, ao lado de não identificado 3); Maria do Carmo Azevedo; não identificado 4; Geninha Faria; D. Albertina Faria ( um pouco atrás); Solange Araújo; Lígia Coelho (de vestido estampado); Bem Verdine; Juca Sanches e Bila Vieira (sentada). (Gentileza da sócia D. Ambrosina de Freitas Paiva).


Em evento do Clube, discursa o Presidente Dr. José de Lima Medeiros. Na foto, vemos, ainda, dois outros futuros presidentes Alberto José Pereira (sentado, à esquerda) e João Baptista Brito (em pé).


    Cantora Ângela Maria


    Conjunto Vocal Demônios da Garoa


    Cantor Gregório Barros


    Carlos Ramirez, Cantor e Ator de Hollywood


Jair Coelho e Dr. Braguiha comandam a reunião do Rotary Club de Itajubá


O saudoso prefeito Tigre Maia discursa em reunião do Lions Club de Itajubá. Sentado, à esquerda, o insesquecível Machado Neto


Jair Coelho e Dr Braguinha comandam a reunião do Rotary Club de Itajubá


Grupo de Senhoras, em uma festa do início da década de 60. Entre as senhoras, foram identificadas, da esquerda para a direita: Amnéris Paiva Douto, Albertina Faria, Mariazinha Sales Dias, Noêmia Paiva Goulart e Dalila Janotti. Entre as que se encontram de pé, da esquerda para a direita: Cida Pereira, Maria do Carmo Azevedo, Pidinha Faria, Beatriz Rennó Costa, Ivone Coelho (de vestido preto), Conceição de Oliveira, Glória Miranda, Ambrosina Freitas Paiva e a segunda menina, Beatriz Vianna.


Maestro Juju Venturelli, João Luiz Gonçalves e a inesquecível Biela


O saudoso Presidente João Baptista Brito, apresentando a orquestra Cassino de Sevilha.


Nossa eterna Miss, Maria Luiza Faria, sorri entre suas princiesas Adelina Maria Barbosa e Angelina Maria Salomon


A elegância de D. Ambrosina Freitas Paiva no salão de recepção do clube.


Retrato oficial do casal de noivos Maria Edith e Tem. Antônio Cazajeira


Em 11 de setembro de 1956, o Maestro Alexandre Orlowsky deixava magnífica impressão, com seu concerto de piano.

A data de 7 de outubro de 1956 ficará para sempre guardada na memória dos associados, que lotaram as dependências do Clube Itajubense, quando D. Salô Vianna Braga e suas alunas proporcionaram horas da mais pura arte, com seu Festival de Declamação. O Recital Poético, com autores selecionados entre os maiores poetas da Língua Portuguesa, foi marcante evento da administração do Presidente Alberto José Pereira.

Em 8 de novembro de 1958, apresentou-se no Clube, com um público magnífico, o Conservatório Modelo de Jundiaí, com números de balé e danças folclóricas. O público aplaudiu, calorosamente, as apresentações de Diva e Thereza Cristina Sciamarelli, Neide Jordan e Ivan Tosti. Foi uma promoção do Presidente Alberto José Pereira.

Em 22 de outubro de 1959, foi realizada uma recepção ao Ministro da Educação do Governo Juscelino Kubstichek, o grande mineiro Professor Clóvis Salgado, nome ímpar entre as maiores culturas de Minas Gerais, em todos os tempos. O Presidente do Clube era o incansável Alberto José Pereira.

Maria Luiza Faria foi nossa Miss Itajubá, em 1959, em decantada promoção do Clube Itajubense. A distinta e graciosa representante de Itajubá concorreu ao Concurso de Miss Minas Gerais, em Belo Horizonte, em 1960.

Odette Costa Mattos foi Miss Itajubense, em 1960. O concurso foi realizado, durante desfile de modas no Clube. Ao seu final, o primeiro lugar ficou empatado entre Odette e outra candidata. O "Voto de Minerva" foi do Dr. Basílio Pinto Filho. Eleita Miss Itajubá 1960, participou, mas não disputou, pois era menor de idade, do Concurso Miss Minas Gerais 1961, em Belo Horizonte. O Clube Itajubense deu-lhe total apoio, fornecendo-lhe todo o guarda-roupa e a estadia em Hotel de Belo Horizonte, onde se hospedou com sua mãe, D. Dodora Pinto. Depois de 1961, não houve continuidade dos Concursos de Beleza de Miss Itajubá e Odette Costa Mattos não passou sua faixa para outra vencedora. Ela a guarda, como lembrança de outros tempos, quando os Concursos de Misses eram promoções que despertavam grande interesse, com torcidas organizadas e tudo o mais, fenômeno esse que se repetia, em todo o Brasil.

Em 31 de agosto de 1968, durante gestão do Presidente Agenor Arantes, em magnífica solenidade, no Salão de Festas do Clube, era entregue o Título de Cidadão Honorário de Itajubá ao Governador de São Paulo, Laudo Natel. Era Prefeito de Itajubá o saudoso Capitão Luiz Carlos Tigre Maia e Presidente da Câmara de Vereadores o saudoso Professor Olavo Bilac Miranda.

Durante o mandato do Sr. Benedito Pereira dos Santos, houve a visita do Presidente da República, General Emílio Garrastazu Médici, nas comemorações dos sessenta anos de fundação da Escola Federal de Engenharia de Itajubá. O Clube foi interditado, desde a véspera, até o encerramento do banquete, em seu Salão de Festas, no dia 23 de novembro de 1973. À noite do dia 23, houve Baile de Gala, completando as festividades. O Presidente General Emílio Garrastazu Médici veio acompanhado do General João Baptista de Oliveira Figueiredo, seu Ministro e futuro Presidente da República. Com as homenagens que lhes foram prestadas, a História do Clube passou a registrar homenagens a quatro Presidentes da República: - Dr. Wenceslau Braz Pereira Gomes, Dr. Getúlio Dorneles Vargas, Gen. Emílio Garrastazu Médici e Gen. João Baptista de Oliveira Figueiredo.

Por oportuno, dos integrantes do Quadro Social do Clube, nada menos que três associados exerceram o cargo de Presidente da República: - Dr. Wenceslau Braz Pereira Gomes, Dr. Delfim Moreira da Costa Ribeiro e Dr. Antonio Aureliano Chaves de Mendonça.

É fato raríssimo, entre outras entidades sociais e culturais brasileiras!

A Professora de Ballet, Sra. Nelly Lopes Pinto, da Escola de Danças Clássicas e Modernas de Itajubá, tem sido ao longo dos últimos anos, figura ímpar da Arte Itajubense, com seus belos Festivais de Ballet. Entre, 1976 e1995, aquela professora e suas graciosas alunas apresentaram nada menos que 11 Festivais, no salão do Clube Itajubense, quase todos em beneficio da APAE - Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, de Itajubá.

O Primeiro Festival foi realizado em 13 de novembro de 1976. Em 1977, D. Nelly trouxe como convidados de honra, Glória Coelho, solista do Teatro Municipal do Rio de Janeiro e Ruslan Gawriljuk, solista do Teatro Municipal de São Paulo.

No Terceiro Festival, realizado em 1979, os bailarinos convidados foram Regina Sauer e Francisco Saba, integrantes do Grupo "Nós da Dança".

A partir desse Terceiro Festival, todos os demais se realizaram com o intervalo de dois anos. Assim, tivemos Festivais em 1981, 1983, 1985, 1987, todos em beneficio da APAE; 1989, em beneficio do Centro Espírita Alan Kardek e da Escola de Educação Especial. Neste 8º Festival, tiveram participação especial os bailarinos Regina Sauer e Fernando Filleto. Os Festivais de 1991, 1993 e de 1995 foram todos em benefício da APAE. No último Festival, em 1995, juntamente com a dança, exibiram-se o Coral Madrigal Renascentista, de Belo Horizonte, sob a regência do Maestro Ângelo José Fernandes, e os bailarinos de Belo Horizonte, Lilian Ferreira e Wanderson Oliveira.

Alunas da Professora Nelly Lopes Pinto fizeram elogiadas apresentações especiais no Clube, engrandecendo comemorações e eventos. Assim, tivemos as seguintes exibições de Ballet:

- 12 de setembro de 1977, durante o Primeiro Encontro Municipal de Educação.

- 21 de agosto de 1980, quando foi comemorado o "Dia da Independência".

- 14 de junho de 1982, durante o Seminário Regional sobre a Conservação da Natureza.

- 11 de abril de 1986, durante homenagens prestadas pela 8ª Delegacia de Ensino de Itajubá ao Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais.

- 27 de maio de 1988, em Noite e Queijos e Vinhos, em beneficio da Casa da Criança de Itajubá.

- 9 de junho de 1989, em outra Noite de Queijos e Vinhos, também em beneficio da Casa da Criança de Itajubá.

A professora Yone Barczack era garota de 9 anos, quando começou seu relacionamento artístico com o Clube Itajubense. Tinha aulas de Ballet Clássico, com D. Lígia Corrêa. Mais tarde, aluna da Professora Nelly Pinto, participou de diversos Festivais de Ballet, no Clube. Em 1992, encenou as peças infantis "O Gato Malhado" e "Andorinha Sinhá", com o Grupo de Teatro "Corpo e Cia."

No final de 1992, Yone Barczack apresentou o Ballet completo "La fille mal gardée", que foi montado com música original, história completa e rapazes dançando. Foi um marco para o Clube pois, pela primeira vez, um grupo itajubense apresentou um Ballet de repertório, com coreografia original.

Em 1996, o Diretor Cleber David a convidou para apresentar alguns espetáculos aos sábados à noite. Foram apresentadas as peças "Ovo e Uva Boa", "O Rouxinol e o Imperador da China" e a infantil "A Florzinha Feliz". Foi encenado um drama de Fernando Pessoa, com grande sucesso, "O Marinheiro".

Ex-alunos de Yone Barczack encenaram a peça "Comédia de Enganos".

Eventos recentes e de grande repercussão em Itajubá têm sido os Festivais de Canto Coral, comemorativos do Natal, realizados, ininterruptamente, entre 1992 e 1997.

Entre 20 e 23 de dezembro de 1992, participaram do 1º Festival de Corais do Clube Itajubense os seguintes Grupos de Canto Coral, com seus respectivos maestros:

- Coral da EFEI - Amaury Vieira Fernandes

- Coral do Conservatório Estadual de Música de Pouso Alegre - Amaury Vieira Fernandes

- Coral da Igreja Evangélica Assembléia de Deus - José Rodrigues de Oliveira

- Coral da Fundação de Ensino e Pesquisa de Itajubá - FEPI - Marco Antonio Coutinho

- Coral Infantil de Cristina - Ângelo José Fernandes

- Coral Vozes de Euterpe de Brazópolis - José Rezende Vilela

- Madrigal Musicanto - Ângelo José Fernandes

- Madrigal Tomasini de Pouso Alegre - Amaury Vieira Fernandes

Nesses seis anos sucessivos de exibições de Corais, nas Festividades de Natal, após os espetáculos para os associados, no Salão de Festas do Clube, os Corais se apresentam para a multidão postada na Praça Theodomiro Carneiro Santiago, cantando das janelas do Clube, com a fachada frontal do prédio decorada com milhares de lâmpadas elétricas. São sucessos que se repetem todos os anos, já integrando o Calendário Turístico da cidade.

Os Bailes de Reveillon da Sede Social, também, são de grande destaque. Além dessa tradição anual, foram apresentados, nos Reveillons de 1996 e de 1997, Shows Pirotécnicos, do lado externo do Clube, com a presença de milhares de pessoas, lotando a Praça Dr. Theodomiro Santiago, em um espetáculo de beleza e alegria emocionantes.

Além de eventos na Sede Social, tem sido constantes as promoções na Sede Campestre. Ali, em ambiente de maior descontração, crescentes em variedade e em frequência, vêm sendo promovidos eventos sociais, com características mais folclóricas, a exemplo de Festas Juninas, que estão revivendo as tradições de Santo Antonio, São João e São Pedro, com danças de quadrilhas, pipoca e pés-de-moleque. As Noites de Pagode, também, vêm sendo muito bem recebidas pelos fãs do genuíno samba. As Noites de Serestas, então, agradam imensamente, pois proporcionam um encontro semanal de amizade e relax!

A saudosa D. Salô Vianna declama ao som do piano de Biéia. Ao fundo, o belo painel do pintor Henk Asperslagh, hoje inexistente. Vê-se ainda, Maria Edith Faria.


Alunas de declamação de D. Salô Vianna, em um dos Festivais de Poesia, promovidos pelo Clube. Beatriz Vianna é a primeira à esquerda.


Flagrante de evento social, na década de 60. As paredes estão decoradas com painéis do pintor holandês Henk Asperslagh, pintados em 1957.


A famosa reunião do Rotary Club de Itajubá, liderada pelo Presidente Dr. Dárcio Pereira, com a presença do time de basquetebol do Senegal e de três índicos Xavantes


O Presidente da República, Gen. Emílio Garrastazu Médici e seu Ministro e futuro Presidente, Gen. João Baptista Figueiredo, em banquete comemorativo pelos 60 anos da EFEI, em 23 de novembro de 1973.


Outro Espetáculo de Ballet da professora Nelly Lopes Pinto – 1981


Festival de Corais


Presidente Carlos Alberto com sua esposaAna Célia e o Presidente do Conselho Deliberativo, Luiz Rosa Alves Fernandes.


Baile da Independência


Baile de Réveillon


Destacaram-se, sobremaneira, nos dois últimos anos, os Bailes do Havaí, criação do Diretor Social Cleber David. São Bailes que reúnem centenas de associados à volta das piscinas da Sede Campestre com riquíssima decoração e mesas de frutas tropicais, em toneladas de fartura e variedade, deslumbrantes show pirotécnicos, com moças lindíssimas e risonhas, fantasiadas com trajes típicos de havaianas.


Flagrantes de bailes do Havaí, na Sede Campestre.


A cada ano que passa, o Baile do Hawai mais rico se torna em criatividade, em beleza sofisticada de decoração e em presença vibrante de sócios.

O Baile do Hawai, pela beleza das moças, pelos arranjos de frutas e flores, pelas orquestras escolhidas com o maior cuidado é, hoje, o principal evento social do Clube Itajubense e, também, o mais dispendioso.

É evento definitivamente inscrito no calendário turístico de Itajubá.

Em 1997, o Baile do Hawai foi animado pela Banda Jair Super Cap, banda oficial do Porchat Club de Guarujá. A Sede Campestre esbanjou luzes, fogos de artifício e canhões de raios laser.

Quantos outros eventos e comemorações deixaram de ser lembrados?

Quantos que se eternizaram, no efêmero brilho do instante em que existiram?

Daquelas vozes alegres, excitadas, ficaram tênues lembranças confundidas na memória! Como afirma, Gerson Cunha, em seu belo livro "Últimas Goteiras dos Beirais".

"Ah, e as gentes? As gentes não morrem! Tudo agora brinda eternamente..."


Cena da peça de teatro “Rádio Nacional” – 10 de novembro de 1996



Documento sem título