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HISTÓRIA CLUBE ITAJUBENSE
CAPÍTULO 12

A história relatada nestes textos foram tira da do livro "Conversa Centenária - A História dos 100 anos do Clube Itajubénse - De: Fernando Antônio Xavier Brandão". Por ser muito extenso, foram divididos em capítulos separados e para facilitar ao leitor em sua pesquisa e leitura.

Segue abaixo os índices dos capítulos e para acessa-los basta clicar num dos links.

INDICE

CAPÍTULO 01  - Dos sonhos à realidade .............................CLIQUE AQUI

CAPÍTULO 02  - Consolidação I e II....................................CLIQUE AQUI

CAPÍTULO 03 - A primeira das instalações...........................CLIQUE AQUI

CAPÍTULO 04 - Adm. do clube em seus primeiros 50 anos ......CLIQUE AQUI

CAPÍTULO 05 - Pausa histórica na madrugada 10/jul/1947......CLIQUE AQUI

CAPÍTULO 06 - Adm. do clube nos últimos 50 anos................CLIQUE AQUI

CAPÍTULO 07 - Pontos altos da história do clube..................CLIQUE AQUI

CAPÍTULO 08 - Entre eventos, teceram-se acordos..............CLIQUE AQUI

CAPÍTULO 09 - Os carnavais do Clube Itajubense.................CLIQUE AQUI

CAPÍTULO 10 - Os bailes de debutantes.............................CLIQUE AQUI

CAPÍTULO 11 - Sede campestre........................................CLIQUE AQUI

CAPÍTULO 12 - Fatos curiosos..........................................CLIQUE AQUI

CAPÍTULO 13 - Apoio inestimável......................................CLIQUE AQUI

CAPÍTULO 14 - Festividades e planos futuros......................CLIQUE AQUI

CAPÍTULO 15 - Aplausos finais..........................................CLIQUE AQUI

CAPÍTULO 12


FATOS CURIOSOS DA HISTÓRIA DO CLUBE

"O arranjo da Orquestra de Câmara do SESIMINAS, para a magnífica peça do cancioneiro brasileiro, inundou o Salão Espelhado do CIube de centenas de duendes, distribuindo mancheias de curiosidades, entre piruetas de graça, risos e fanfarronadas. E os casos curiosos e pitorescos de uma cornucópia encantada de cem anos de idade espalharam-se pelo Salão..."

F. Brandão

A primeira assinatura de aprovação da Ata de Fundação do Clube foi do Dr. Luiz Rennó, usando da prerrogativa de Presidente da Sessão.

A última foi de Jorge Tiberiçá de Boucherville, de quem todos gravavam o nome como Tibiriçá (com i).

A Primeira Comissão, nomeada em 17 de maio de 1897 para a redação dos Estatutos, foi formada pelos sócios fundadores Oswaldo Carneiro Santiago, Capitão Luiz Antonio Pinto de Noronha, Antonio Mendes de Brito, Jorge Tiberiçá de Boucherville e Candido Prado. Logo na reunião de fundação do Clube.

O primeiro visitante de fora foi o Redator do jornal "Tarde Ilustrada", jornalista Raphael Gondry, durante a 2ª Sessão Preparatória, na noite de 27 de maio de 1897.

A Primeira Diretoria do Clube, eleita na Quarta Sessão Preparatória, de 30 de maio de 1897, ficou constituída do Presidente - Dr. Luiz Rennó; Vice Presidente

- Olympio Augusto de Magalhães; 1º Secretário - Càndido Prado; 2º Secretário - Serafim dos Santos Lima; Tesoureiro - Euzebio Pereira; Procurador - Hygino Miranda; Orador - José Manso Pereira Cabral; Comissão de Sindicância - Henrique de Sousa, Antonio Candido Rennó e Balduino Vieira Salgado.

A Posse da Primeira Diretoria foi simultânea com a inauguração da Primeira Sede Social, em casa alugada, em local que se perdeu no tempo, pois as atas não registravam endereços. Ocorreu em 15 de junho de 1897. Que foi considerada, no início, como a data oficial de aniversário do Clube.

A Comissão para a redação do primeiro Regimento Interno foi formada pelos sócios Dr. José Manso Pereira Cabral, Dr. Antonio Maximiliano Xavier Lisboa, Comendador Frederico Schumann, Coronel Joaquim Francisco Pereira Júnior, Cônego Antonio d'Almeida, Capitão Luiz Antonio Pinto de Noronha e Custódio Leite de Araujo. Foi nomeada na reunião de Posse da Diretoria e Inauguração da Sede Social, em 15 de junho de 1897.

Os primeiros sócios contribuintes admitidos pelos fundadores foram Antônio Luiz Pinto Noronha, Luiz Noronha Netto, Leonino Schumann, Tertuliano Rodrigues Pereira, Arthur Grillo e Joaquim Lopes Guimarães. Todos na Primeira Reunião Ordinária da Diretoria, em 29 de junho de 1897.

O primeiro Bibliotecário, cargo remunerado, foi nomeado em 29 de junho de 1897. Tratava-se do senhor Antonio Santos Bretanha, que exercia também as funções de Servente, sendo responsável por carregar água para o clube, apanhando-a em um dos chafarizes da Praça do Mercado, atual Praça Adolfo Olinto.

O primeiro sócio contribuinte residente fora de Itajubá foi o senhor Amadeo de Queiroz, de Pouso Alegre. Foi aprovado, por indicação de sócios fundadores, na Segunda Reunião Ordinária da Diretoria, em 31 de julho de 1897. Dias mais tarde, em carta atenciosa à Diretoria do Clube, declinava da honraria, alegando desconhecer os Estatutos (sic!)

O primeiro sócio correspondente foi Antonio Mendes de Brito, aprovado na Quarta Sessão Ordinária da Diretoria, em 3 de agosto de 1897.

O primeiro Sócio Honorário foi o Professor de Ouro Preto, Luiz Gonçalves da Silva Pessanha, aprovado em 31 de agosto de 1897.

A primeira inscrição para uma conferência aos consócios foi a do Secretário Candido Prado, com o tema "A Educação e a Instrução", para ser realizada em 29 de Agosto de 1897.

A primeira exoneração de um sócio foi a de Joaquim Francisco Pereira Júnior, em virtude de sua saúde, aprovada na Reunião de 11 de dezembro de 1897.

A Primeira Assembléia Geral Ordinária realizou-se em 28 de dezembro de 1897. Foi apresentada a prestação de contas anual pela Diretoria e eleita a Segunda Diretoria do Clube. Presidente - Dr. Luiz Rennó (Reeleito); Vice Presidente - Olympio Augusto de Magalhães (Reeleito); 1º Secretário - Candido Prado (Reeleito); 2º Secretário - Calixto Paula Cezar; Tesoureiro Balduíno Vieira Salgado; Procurador - Julio Amaral; Orador - Dr. José Carneiro de Resende e Comissão de Sindicância - Eusebio Pereira, Arlindo Vieira Goulart e Alberto Braga.

A Primeira Renúncia de Membro de Diretoria foi a de Arlindo Vieira Goulart, que era membro da Comissão de Sindicância. Permaneceu menos de seis meses no cargo. Foi substituído por João Strutz, na reunião de 18 de junho de 1898.

A Primeira Festa promovida pelo Clube foi por ocasião da Inauguração da Segunda Sede Social, no mesmo local da atual, no dia 1º de novembro de 1898. Foi uma reunião marcante, sob a presidência do Dr. Luiz Rennó, com a presença dos familiares dos sócios e com a exibição da Corporação Musical União dos Artistas.

Em 22 de novembro de 1898, foi aceito como sócio correspondente, o Dr. Delfim da Costa Moreira, que seria Presidente da República, no período de 15 de novembro de 1918 até 28 de julho de 1919. Era o Vice Presidente de Rodrigues Alves, que eleito pela segunda vez à Presidência, havia morrido em 16 de janeiro de 1919, sem tomar posse.

O Dr. Delfim da Costa Moreira foi o 2º sócio do clube, que mais tarde ocuparia a Presidência da República. O Primeiro foi o sócio fundador Dr. Wenceslau Braz Pereira Gomes. Anos mais tarde, o Clube teria outro sócio, que para o orgulho da a gremiação, seria o terceiro a ocupar o mais alto cargo da Nação, o Dr. Antônio Aureliano Chaves de Mendonça. Nenhum deles era itajubense nato. Infelizmente.

Na sessão de 1º de agosto de 1899, o 2º Secretário José Dias Coelho informou estar pronto o Primeiro Catálogo dos Livros da Biblioteca do Clube.

Na reunião de 8 de março de 1902, o sócio correspondente Tenente Luiz Torquato de Souza ofertou adquirir para o Clube, por preço módico, a coleção de "História Universal", de César Cantu. A proposta foi aprovada desde que não ultrapassasse de R$ 100 a R$ 120 mil réis. Em 23 de dezembro de 1902, o Dr. Fausto Ferraz, ao aceitar envaidecido o convite para Sócio Correspondente, doou ao Clube a valiosíssima coleção, em doze volumes. Hoje é uma das preciosidades de nossa Biblioteca.

Em 8 de dezembro de 1902, foi admitido como Sócio Correspondente, o Dr. Vital Brazil Mineiro da Campanha. Foi uma aquisição das mais aplaudidas. O Dr. Vital Brazil, que já estava produzindo soros antiofídicos no recém criado Instituto Butantã, em São Paulo, já se consagrara como cientista, em dezembro de 1901, quando pronunciou memorável conferência, na Escola de Farmácia de São Paulo, sobre "O Envenenamento Ofídico e seu Tratamento", na qual noticiou o emprego do soro pela primeira vez, no Butantã, em um homem picado por jararaca.

Em 8 de dezembro de 1903, foi aprovada a admissão do Dr. Theodomiro Carneiro Santiago, como sócio correspondente do Clube.

Em 1º de fevereiro de 1910, foi admitido como sócio o geógrafo e professor Pedro Bernardo Guimarães, pai do historiador José Armelim Bernado Guimarães. Considerado o primeiro historiador de Itajubá, Pedro Bernardo Guimarães é o autor do livro "O Município de Itajubá", publicado em 1915.

Na reunião de 28 de junho de 1910, o Presidente Balduino Vieira Salgado fez ver a conveniência da instalação de um cinematógrafo, sob administração do Clube. Para a elaboração do projeto de instalação nomeou a comissão composta de Jorge de Oliveira Braga, Frederico de Magalhães Leite e Sebastião Mendes de Brito. A idéia parece não ter ido adiante. Não há outras referências à instalação do cinematógrafo.

Na reunião de 2 de junho de 1913, foram admitidos como sócios contribuintes três professores belgas do Instituto Eletrotechnico e Mecânico de Itajubá, os Doutores Armand Berthollet, Arthur Tolbecq e Victor Van Heleputte. Aconselhamento do Dr. Theodomiro, com certeza...

Em 4 de outubro de 1913, mais um enriquecimento para a Biblioteca do Clube - O Presidente Dr. Miguel Archanjo de Souza Vianna comunica que "julgando de grande utilidade para o clube, e no intuito de enriquecer a sua Biblioteca" fizera a aquisição da obra "Biblioteca Internacional", em 24 volumes, em prestações mensais.

Na Assembléia Geral de 1º de janeiro de 1914. assumiu a Presidência o Dr. Theodomiro Carneiro Santiago que, ao viajar à Europa, em junho de 1914, não completaria o seu mandato. Na sua ausência, a Presidência foi exercida pelo Vice-Presidente Frederico Teixeira de Magalhães Leite.

25 de janeiro de 1914 - É mencionada pela primeira vez em uma Assembléia Geral a presença de excelentíssimas senhoras e senhoritas.

O Dr. Carlos Ribeiro Filho é admitido como sócio em 8 de fevereiro de 1914.

Em 14 de julho de 1916, é admitido como sócio contribuinte o Sr. Pierre Objois, professor do Instituto Eletrotechnlco e Mecanico de Itajubá.

Em 15 de março de 1917, na gestão do Presidente Antonio Pereira Rennó, a Diretoria aprovou a primeira realização de festejos carnavalescos, promovidos diretamente pelo Clube, com a dotação de verba de 200 mil réis. A entidade já estava às vésperas de completar 20 anos de existência!

Em 04 de fevereiro de 1920, é admitido como sócio temporário o Dr. Gaspar Xavier Lisboa.

Nesse dia, temos o testemunho de um fato pitoresco. O Secretário registrou, solenemente, que o Dr. Wenceslau Braz Pereira Gomes acabava de oferecer ao clube ... um magnífico livro, intitulado "Os Puxa-Sacos, de Abel Botelho".

É oportuno observar que, com toda sua mineirice, o ex-Presidente da República parece ter desejado com o "magnífico livro" fazer uma grande gozação com os seus consócios, que teimavam em elegê-lo para Presidente de quantas Assembléias houvesse, em demonstração inequívoca de bajulação. Não davam sossego ao grande homem público, para que pudesse gozar do prazer de ser, por algumas horas, um simples associado, com liberdade para manifestar sua opinião sobre ex ou futuros administradores da entidade, da qual fora um dos sócios fundadores.

Mas, qual o que, nem com a doação do livro, uma evidente e mordaz ironia do político, o Dr. Wenceslau Braz conseguiu a paz que desejava...

Em 4 de fevereiro de 1921, são admitidos os socios Dr. José Rodrigues Seabra, Jayme Wood e Protógenes Pinto de Almeida.

Em 12 de abril de 1921, é admitido o sócio Cônego José Salomon, o famoso Padre Zéquinha.

O primeiro seguro do Clube foi feito pelo Presidente Dr. José Braz, com a seguradora Companhia Anglo Sul Americana, comunicação feita pelo Sr. Presidente na Reunião de 12 de abril de 1921. Tratava-se de uma apólice contra incêndio, no valor de 90 contos de reis. A Companhia Anglo Sul Americana, mais tarde, foi absorvida pela Companhia de Seguros Sul América.

Na história do Clube, há muitos fatos curiosos e certas decisões administrativas muito pitorescas. Assim é que , em 6 de dezembro de 1921, entre informações da prestação de contas do Tesoureiro, encontra-se o registro da compra de uma cadeira de barbeiro, aquisição feita à Companhia Industrial Sul Mineira. Evidentemente, que alguns sócios gostariam de usufruir da comodidade de cortar o cabelo ou fazer a barba, em seu próprio Clube. Como não conseguimos achar nenhuma referência posterior a essa "barbearia", no Clube, e nem sobre a contratação de um novo empregado, para exercer a profissão de "figaro", acreditamos que a "barbearia" do Clube não tenha ido adiante.

6 de dezembro de 1921, é admitido o 1º Tenente Juarez Fernandes Távora, como sócio contribuinte efetivo. O grande vulto da nossa história republicana iria registrar, em seu livro de memórias "Uma Vida e Muitas Lutas", seu tempo de serviço militar no 4º BE e comentários sobre sua vida social na cidade:

"Entrosei-me, rapidamente, com a vida social de Itajubá. Quando para lá segui, levara recomendação de meu tio Belisário Távora, para o ex-Presidente da República Wenceslau Braz - figura exponencial da cidade e de Minas. Pude, assim, aproximar-me de sua família, ficando amigo de seus filhos José, João, Mário e Francisco, e de sua filha solteira Isabel (Besita) . Por intermédio da família Braz, fiz relações com a família do Major Pereira, amigo e sócio do Dr. Wenceslau e diretor do Banco de Itajubá, cujo filho Fortunato foi um dos meus melhores amigos na cidade, ao lado do João Braz. Recordo, entre as moças com as quais mais nos dávamos: as Sanches - Betina, Miloca, Ana e Laurita; Besita Braz; as Pereira - Adelina (já casada com o Dr. Sebastião Rennó), Lourdes (então apenas um botãozinho, a entreabrir-se em moça, que despertara forte paixão no Tenente Bransildes, vindo a casar-se, mais tarde, com João Braz), Mirtes e Nair, que eram ainda meninas; Zezé Pontes (de cujo casamento, em 1923, com o Tenente Paulo Amarante, fui padrinho); Odete Pinto; as Reale - Ida e Regina (cujo irmão, Miguel Reale, é hoje o Reitor da Universidade de São Paulo); Alzira Masselli (com quem andei tendo namoro cerimonioso). Sentia-me realmente feliz, naquele ambiente simples e hospitaleiro de Minas."

Em 14 de fevereiro de 1924 - sob a Presidência de José Maria Afflalo - Admissão do Tenente Bello Lisboa, como sócio contribuinte entre outros.

Em 31 de dezembro de 1925, sob a Presidência de Thiago Carneiro Santiago, era admitido o sócio Dr. Luiz de Lima Vianna.

Em 28 de fevereiro de 1926, ocorria a admissão do sócio Dr. Herbert Lindenbein, um brilhante professor do IEI.

Em 10 de fevereiro de 1927, entre outros admitidos, os sócios Mozart Faria e Dr. Vicente Sanches.

No mesmo dia 10 de fevereiro de 1927, o Presidente Dr. José Braz Pereira Gomes anunciou a realização do Primeiro Baile Infantil de Carnaval do Clube. Seria realizado no domingo, das 15:00 às 17:00 horas, com a premiação das mais lindas fantasias.

Em 26 de outubro de 1927, admissão do Sócio contribuinte Dr. Gaspar Lisboa.

Em 29 de março de 1930, admissão dos sócios Dr. Antonio Rodrigues de Oliveira, Dr. Estácio Tavares de Mello, Dr. Luiz Goulart de Azevedo e Italo Mandolezzi, entre outros.

Em 6 de junho de 1930, admissão do sócio Basílio Pinto.

Em 2 de setembro de 1930, admissão do Sócio José Dias Coelho Júnior.

Em 28 de fevereiro de 1946, o Presidente Cel. Belo Lisboa conseguia, em Assembléia, a transformação do Clube em "Clube Itajubá S.A", com finalidade mercantil e ao mesmo tempo social. A "Sociedade Anônima" cairia por terra, inclusive com a saída do seu autor da Presidência, na Assembléia de 3 de dezembro de 1946. A novidade durara 9 meses!

Estas foram algumas das curiosidades da História do Clube! À medida que os eventos se aproximam da atualidade, as curiosidades perdem o encanto da novidade. Chegam às raias do enfadonho, pela ocorrência de repetições, na longa história de cem anos de administrações e comportamentos.

Mas, as curiosidades estão por ai. Curiosa foi a compra do terreno para a construção da Sede Campestre, curiosa foi a forma encontrada para a sua terraplenagem. Plenos de curiosidades são todos os eventos do Clube, se analisados de forma mais crítica, em busca das paixões, dos desejos, das condutas, dos espaços, dos personagens, da magia da vida.

Pois, como nos lembra o grande poeta Ramon de Campoamor:

"En este mundo traidor

Nada es verdad ni mentira

Todo es del color

Del cristal com que se mira."

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