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HISTÓRIA CLUBE ITAJUBENSE
CAPÍTULO 13

A história relatada nestes textos foram tira da do livro "Conversa Centenária - A História dos 100 anos do Clube Itajubénse - De: Fernando Antônio Xavier Brandão". Por ser muito extenso, foram divididos em capítulos separados e para facilitar ao leitor em sua pesquisa e leitura.

Segue abaixo os índices dos capítulos e para acessa-los basta clicar num dos links.

INDICE

CAPÍTULO 01  - Dos sonhos à realidade .............................CLIQUE AQUI

CAPÍTULO 02  - Consolidação I e II....................................CLIQUE AQUI

CAPÍTULO 03 - A primeira das instalações...........................CLIQUE AQUI

CAPÍTULO 04 - Adm. do clube em seus primeiros 50 anos ......CLIQUE AQUI

CAPÍTULO 05 - Pausa histórica na madrugada 10/jul/1947......CLIQUE AQUI

CAPÍTULO 06 - Adm. do clube nos últimos 50 anos................CLIQUE AQUI

CAPÍTULO 07 - Pontos altos da história do clube..................CLIQUE AQUI

CAPÍTULO 08 - Entre eventos, teceram-se acordos..............CLIQUE AQUI

CAPÍTULO 09 - Os carnavais do Clube Itajubense.................CLIQUE AQUI

CAPÍTULO 10 - Os bailes de debutantes.............................CLIQUE AQUI

CAPÍTULO 11 - Sede campestre........................................CLIQUE AQUI

CAPÍTULO 12 - Fatos curiosos..........................................CLIQUE AQUI

CAPÍTULO 13 - Apoio inestimável......................................CLIQUE AQUI

CAPÍTULO 14 - Festividades e planos futuros......................CLIQUE AQUI

CAPÍTULO 15 - Aplausos finais..........................................CLIQUE AQUI

CAPÍTULO 13


APOIO INESTIMAVEL

"Neste capítulo, presta-se homenagem aos funcionários do Clube Itajubense, que por aqui passaram, dando o melhor de suas colaborações para as Diretorias. Eles, também, deixaram suas marcas de trabalho. Nada teria sido possível, mesmo com a mais arrojada e determinada das Diretorias, se não fosse a boa vontade daqueles funcionários, acatando as ordens recebidas, em exemplos notáveis de cooperação administrativa.

A grande maioria deles é, hoje, desconhecida, pois os registros existentes não deixaram seus nomes para a posteridade. Mas, é através dos poucos, cujos nomes, ainda, são lembrados, que se deseja homenagear a todos."

F. Brandão

Já vimos que o primeiro empregado do Clube foi o Sr. Antonio Santos Bretanha, cuja contratação foi anunciada pelo Presidente Dr. Luiz Rennó, na primeira Reunião Ordinária da Primeira Diretoria, em 29 de junho de 1897.

O Sr. Antonio Santos Bretanha foi contratado para o cargo de Bibliotecário e Servente. Como Bibliotecário era obrigado a zelar pelos livros do acervo, não deixando que algum sócio "distraído" os levasse de "empréstimo definitivo" para casa. Como servente, era responsável pela limpeza do Clube, em primeiro lugar. Entre seus afazeres, deveria buscar água para abastecer os reservatórios, o que fazia nos dois chafarizes mais próximos, localizados na Praça do Mercado, hoje Praça Adolfo Olinto; limpar banheiros e salas; cuidar de ir buscar o cafezinho, contratado a terceiros e servi-lo durante as reuniões da Diretoria e nos salões de jogos de carteado e de bilhares.

Em 30 de agosto de 1913, mais de dezesseis anos após a inauguração do Clube, foi aprovado o cargo de Porteiro, tendo em vista os abusos (entrada de estranhos e de menores). A Diretoria nomeou o Sr. Domingos Correia de Miranda, como primeiro porteiro, que assumiu o cargo em 1º de setembro de 1913, com o salário de 30 mil réis mensais.

Na década de trinta, segundo nos conta o Sr. Iro Machado, com sua excelente memória, o Clube possuía três empregados.

O Sr. José Marques de Lima, o famoso "Seu Juca", que era encarregado do Salão de Jogos de Cartas, no 2º piso. Homem de absoluta confiança, tomava conta de tudo e recebia o "Barato", comissão cobrada das mesas de jogadores.

Outro empregado era o Sebastião Luiz, o Tiãozinho, que exercia as funções de Porteiro, durante o dia, e Servente, encarregado de todo o serviço de limpeza.

O terceiro era o Sr. Antonio de Castro, o "Seu Nico", uma figura humana especial, que era o Cobrador do Clube, durante o dia, e Porteiro, durante a noite. Tive a oportunidade de conhecer o "Seu Nico", já maduro, no início da década de cinquenta.

"Seu Nico" foi testemunha das mocidades dos cinqüentões e sessentões de hoje. Deixou, em todos nós, uma recordação de homem correto, educado e exigente, mas nunca intransigente. Homem determinado à disciplina, com um físico franzino, que jamais foi desrespeitado, impondo-se pelo caráter, pelas atitudes de bom senso, pela voz mansa e pela doçura do olhar.

Segundo nos contou seu filho, José de Castro, "Seu Nico" nasceu em 1893. Entrou para trabalhar no Clube, em 1932, com 39 anos de idade. Seu retrato, reproduzido neste livro, é de 1935, quando "Seu Nico" estava com 42 anos de idade.

Sr. Antônio de Castro, o "Seu" Nico, inesquecível amigo de todos, funcionário admirável, exemplo de abnegação ao Clube Itajubense (1893-1977).


Em 29 de dezembro de 1972, durante a Presidência do Sr. Benedito Pereira dos Santos, a Reunião de Diretoria dava notícias do pedido de demissão do Sr. Antonio de Castro, "Seu Nico", para se aposentar. Foi-lhe enviado um ofício de agradecimentos, pelo seu dedicado trabalho, afirmando-lhe que, caso quisesse voltar atrás, seu lugar estaria à espera.

Faleceu em 1977, aos 84 anos de idade, causando um grande vazio no coração de todos aqueles, a quem, rigorosamente fiscalizava, como amigo e porteiro do Clube.

Na festa do Centenário, a memória do "Seu Nico" foi homenageada. Ele simbolizou todos os ex-funcionários do Clube Itajubense. Ao seu filho José de Castro, o Presidente Carlos Alberto entregou a "Medalha do Centenário".

Passam-se os anos. Sobre empregados, pouquíssimos registros. Em uma ata de julho de 1971, encontramos o registro do aumento salarial da funcionária Maria Isabel Penido.

Na reunião de 24 de fevereiro de 1972, vamos encontrar o reconhecimento pecuniário do Clube aos empregados, que haviam colaborado, sobremaneira, com o sucesso do Carnaval, em termos de atendimento aos sócios, parentes e convidados e, também, pela dedicação à segurança dos Bailes. Foram eles Amélia Ribeiro Nascimento, Aloísio Virgínio da Cruz, Cândido dos Anjos, Miguel Paulino, Vitor Hugo Marchetti Filho, Antonio de Castro ("Seu Nico") e João Baptista Silvério.

D. Amélia Ribeiro Nascimento, secretária do Clube, foi a única mulher, em cem anos, que redigiu atas da Diretoria do Clube, a primeira delas em 20 de julho de 1973, durante o mandato do Presidente Benedito Pereira dos Santos. Com sua excelente caligrafia e português primoroso, D. Amélia foi uma secretária de grande segurança e suas atas contêm excelente teor descritivo, inserindo-se entre as melhores de toda a História dos Cem Anos do Clube Itajubense.

Quem não se lembra da D. Lourdes, da Sauna Feminina?

Ou do Cesário, funcionário do antigo Instituto Eletrotéchnico de Itajubá, dono de uma bicicleta enfeitada de badulaques, que ganhava uns extras, como porteiro esporádico do Clube Itajubense?

Ou do Gerente do Clube, ali pelos idos de 1977, o sempre prestativo Antonio dos Santos Grillo?

Ou do saudoso e competente Sr. Sebastião Faria, Gerente de Obras, no início da construção da Sede Campestre, e que foi contratado para tal mister, em julho de 1979?

Quem não se lembra do Califa (José Luiz Chiaradia), Gerente Administrativo da Sede Social, contratado em 1990, pelo Presidente Dr. Luiz. Fernando Werdine Salomon?

Atualmente, destacam-se entre os empregados da Sede Social, o Gerente Administrativo Luiz José Rezende Siniscalchi, com eficiente dedicação, a Secretária Suely Silva, dominando os microcomputadores e seus softwares e as Auxiliares de Secretaria, Rosemeire Silva, Noemy Gonçalves Xavier e Patricie lsabelle de Oliveira, sempre atenciosas no atendimento aos sócios em geral.

Entre os Ajudantes de Serviços Gerais, destacamos Ronaldo Pereira Eleutério e Paulo César Ferreira, o Leivinha, ambos com mais de quinze anos de casa.

Mas, não poderíamos encerrar este capítulo, sem falar do período, em que foi montado, ao lado do Clube Bar, o Restaurante do Clube.

A lembrança é dos idos de 1958. Naquele ponto simples, com entrada pelo corredor lateral e portãozinho de aço, de frente para a Praça Theodomiro Santiago, ficava a célebre Pizzaria do Nelson! O Nelson, com suas habilidades de pizzaiolo, deixou saudades imensas da sua simpatia, do seu prestimoso atendimento e de suas famosas pizzas, de massa fininha, que contrariavam todos os costumes das grossas pizzas caseiras.

Foi a primeira pizzaria de Itajubá, se não me falha a memória.

O Nelson, apesar de não ser empregado do Clube Itajubense, deixou sua marca, seu carisma e a lembrança inesquecível de suas deliciosas pizzas, saboreadas com cervejas sempre bem geladas.

Nunca mais se viu, em Itajubá, muzzarelas mais fumegantes e nem oréganos mais perfumados, como naquelas afamadas delícias do Nelson!

Saudades que ficaram pela lonjura do passado, com o sorriso maroto do "Seu Nico"...

Funcionárias administrativas de Sede Social do Clube


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