Giuseppe Gaudino nasceu na Itália, na Província de Caserta (Nápoles). Faleceu em Belo Horizonte-MG, em desastre de motocicleta, aos 53 anos, mas se encontra sepultado em Itajubá.

Era filho de Antônio Gaudino e de D. Madalena Gaudino. Tinha três irmãos: Domingos, Miguel e Alexandre. Veio para o Brasil com menos de um ano de idade, diretamente para a cidade de Cotia-SP.

Na idade adulta transferiu-se para Itajubá, onde conheceu a jovem Brasilina Mandolesi, filha mais velha de Ulderico Mandolesi e de D. Palmyra Mandolesi, os fundadores da Padaria Mandolesi. E José Gaudino se casou com D. Brasilina Mandolesi, sepultada em 07-08-1978 com 84 anos, e foram os pais de oito filhos: Madalena, Jandyra, casada em 15-02-1944 com Wagner Lemos Machado; Antônio; Kleber, falecido com 8 anos em 18-01-193 1; Homero, advogado, casado em 12-07-1956 com Maria Auxiliadora Rennó Chaves; Vênus, casada em 22-01-1941 com Vicente Ribeiro Sobrinho; Eros, casado em 11-06-1952 com Ceonara Lamoglia; e Ocirema, casada em 17-09-1953 com Hélvis Faria Braga.

O notável artista José Gaudino foi construtor, arquiteto e também genial escultor. Formou-se pela Escola Federal de Arquitetura e Engenharia do Rio de Janeiro, e foi profissional de intensa prática.

Não só em Itajubá, mas também deixou obras suas em Brasópolis, Pouso Alegre, São Paulo, Santos, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

Em Itajubá foi o construtor do Cine-Teatro Apolo; do palacete do Major João Antônio Pereira, que existiu na esquina onde se encontra o Hotel Centenário (No século XIX, neste mesmo local existiu a casa em que se hospedaram a Princesa Isabel e o Conde d'Eu, em 1868, velha mansão representada na foto a seguir;

o Clube Itajubense, de clássica frontaria de colunas compósitas, cópia do Petit-Trianon francês, obra do construtor José Gaudino.

Construiu ele inúmeras casas residenciais, como a do Cel. Jarbas Guimarães, na rua Joaquim Francisco, ora demolida, e alguns túmulos artísticos, entre os quais a capelinha da Mulher de Bronze (jazigo de D. Gabriela de Moura Fonseca). Ainda em nosso cemitério, construiu a capela da Família Mandolesi, com o rosto de Cristo e seus anjos, e o túmulo da família Gaudino, com a imagem de Santa Terezinha, também obra sua. "E inúmeras obras sacras espalhadas pelas igrejas da cidade" - assim informa o Dr. Homero Gaudino, filho do notável artista, que igualmente nos fala de trabalhos de seu talentoso e admirável pai em outras cidades: José Gaudino, "além de arquiteto, era também escultor.

Em Brasópolis, reformou a Matriz de São Caetano, construiu a estação ferroviária, a residência de Francisco Pereira Rosa, e a Escola Doméstica, com o seu Cristo Redentor e os seus dragões.

Em Pouso Alegre, além de residências, esculpiu inúmeras imagens sacras e que se encontram hoje nas igrejas daquela cidade, em especial a imagem da fundadora do Colégio das Dorotéias, que foi esculpida em seu tamanho natural e que se encontra, ainda hoje, no pátio do referido Colégio".

Com muita justiça, a Câmara Municipal de Itajubá deu nome de José Gaudino (e não Galdino, conforme consta em mapa da cidade e em livro de telefone) a uma longa rua que vai da avenida Padre Lourenço ao adro da igreja de Nossa Senhora de Fátima, no bairro urbano de Fátima. Realmente, o nome de José Gaudino deverá sempre ser lembrado pela posteridade.