Arma: de azul, uma estrela de ouro de oito raios encerrada em uma caderna de crescente de prata.
Timbre: um cisne de prata membrado e armado de ouro, com a estrela do escudo no peito
O nome de Castela surge com as primeiras invasões árabes e aparece pela primeira vez no século IX, altura em que esta vasta região estava semeada de inúmeros castelos construídos pelos senhores cristãos para se defenderem das incursões dos Mouros.
No princípio do século XI, Sancho III o Grande, rei de Navarra, aproveitando as dissensões entre os senhores destes castelos, submeteu todo o norte da região e elevou-o a reino, que chamou de Castela, e nele colocou seu filho Fernando I em 1034.
Uma guerra bem sucedida contra Bermudo III, rei de Leão-Astúrias em 1037, juntou este novo reino a Castela a Velha e, cinquenta anos depois, as duas Castelas, velha e nova, definitivamente unidas, constituíam o maior reino da Península. Pelo casamento da herdeira de Castela, Urraca, com Raimundo da Borgonha, inicia-se ma nova dinastia (1126).
De Urraca era (meia-)irmã Teresa, condessa de Portugal e mãe de D. Afonso Henriques, que declarou a independência de Portugal.
Depois de várias partilhas temporárias que de algum modo atrasaram o crescimento da potência castelhana, as coroas de Leão e Castela ficaram reunidas na pessoa de Fernando III (1230). Sucessivas conquistas de Fernando III e dos seus sucessores trouxeram para Castela a Extremadura e a a Andaluzia e empurraram os Árabes para o reino de Granada. Mas as disputas entre os grandes vassalos que se agudizaram no reinado de Afonso XI (1312) e, depois, a tirania do reiando de Pedro I, o Cruel (1350) mergulharam o reino numa anarquia que só terminou com a subida ao trono de Henrique II de Trastamara (1369), fundador da 3ª dinastia dos reis de Castela.
Nos reinados de João I, Henrique III e João II, os conflitos com os grandes vassalos continuaram e Henrique IV foi mesmo por eles desapossado, sendo o trono entregue a sua irmã e herdeira, Isabel a Católica.
O casamento desta princesa com Fernando II, rei de Aragão e a posterior conquista do reino mouro de Granada permitiram a união dos reinos de Castela e Aragão e, depois, a unificação de Espanha, de que viria a ser herdeira Joana a Louca, mãe de Carlos V, imperador da Alemanha e rei de Espanha.
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