PERSONALIDADES MARCANTES
FORTUNATO JOSÉ CARLOS PEIXOTO
( 1870   10-09-1946)

O farto e variado estoque de mercadorias do comércio itajubense, - o entendimento pronto e normalizado ao consumidor, na boa ordem conforme se tem observado desde os velhos tempos em nossa cidade, e isto desde os velhos idos, quando a mercadoria aqui chegava em lombo de burros, em tropas que transpunham a Mantiqueira, deve-se essa "maravilha", mais acentuadamente, aos esforços dos honrados imigrantes portugueses e italianos, e mais tarde, já na era da estrada de ferro, também aos levantinos. Fortunato José Carlos Peixoto foi um desses construtores do Itajubá de ontem.

Nasceu em Portugal, filho do dinâmico e bravo lusitano Estevão José Carlos Peixoto e de D. Maria Peixoto. Veio ainda adolescente para o Brasil, e aqui se atirou à luta do trabalho, atraído pelas atividades comerciais.

Em 1893 casou-se na fazenda de Bicas-do-Meio com D. Maria Santana (falecida em 07-09-1962), filha do Capitão Francisco Joaquim Santana e de D. Ana Maria de Sousa.

Nos registros paroquial foram encontrados os assentamentos dos seguintes filhos: Fortunato (1896), falecido em 19-04-1962, casado em 22-01-1920 com Ana Braga: D. Maria Peixoto Fonseca (1888), falecida, já viúva, em 27-07-1975; Conceição Peixoto; D. Oswaldina Santana Wood, casada em 24-11-1917 com Jayme Wood; Antônio Peixoto (1911), falecido em 14-12-1952, casado com Vitalina Lamoglia Peixoto; Guiomar Peixoto (13-10-1915); Luiz Peixoto (1920), casado em Belo Horizonte, em 22-12-1951, com D. Maria Santos Cançado.

O digno e laborioso Fortunato José Carlos Peixoto, que iniciou sua vida de trabalho como modesto comerciário, logo depois se estabeleceu com uma pequena mercearia própria. Tomou-se proprietário de um sítio em Delfim Moreira, onde cultivava cereais, segundo o Prof. Pedro em Bernardo Guimarães, no seu livro "Município de Itajubá". Com o trabalho e economia conseguiu o capital para integrar a firma Fortunato Peixoto & Silva, que montou uma casa comercial em Itajubá, tomando-se logo depois, o continuador da grande loja "A Primavera", que existiu na esquina das ruas Américo de Oliveira com a Francisco Braz, com suas portas para a Praça Adolfo Olinto, no local onde se encontra o Banco Bradesco. Foi Vereador no quadriênio 1927-1930.

No seu sítio, desenvolveu a pomicultura, e foi premiado na 2ª Exposição de Citricultura realizada no salão da Associação Comercial de Itajubá em junho de 1933.

Integrou a primeira Diretoria do Sindicato Patronal de Negociantes, como Presidente, ao ser fundada essa instituição em 16-09-1934. E foi aclamado Vice-Presidente da Associação Comercial e Industrial de Itajubá em 25-04-1925, data em que essa instituição foi fundada.

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