PERSONALIDADES MARCANTES
MARIA DO CARMO JERÔNIMO
( 05-03-1871   14-06-2000)

Maria nasceu em pleno regime de cativeiro, no município de Carmo de Minas. Foi escrava durante 17 anos. Morreu em Itajubá, onde residiu quase 58 anos, após ter completado o 129º aniversário natalício. Por pouco teria nascido liberta.

A Lei do Ventre Livre foi promulgada em 28-09-1871, quando ela estava com menos de 7 meses de vida. Era filha dos escravos Jerônimo e Sabina, de propriedade de Luiz José Monteiro de Noronha, sitiante, dono de uma olaria e de um hotel (estalagem), senhor de cultura e notável pintor, falecido em 23-02-1897.

Maria do Carmo, aos 15 anos de idade, foi vendida para um fazendeiro de Baependi. Aos 17 anos, com o fim da escravidão, voltou para a sua terra, empregando-se como doméstica em Carmo de Minas.

Aproximadamente na década de 30, foi levada para a cidade de Cristina, de onde, no Natal de 1942, veio residir em Itajubá, para ser a cuidadora de uma família que chegaria a 13 filhos. E nunca pensou em separar-se dessa família, que passou a considerá-la como parenta muito dileta.

Ao atingir a idade muito avançada, toda a imprensa se interessou por ela. Os maiores jornais e revistas do Brasil, e TVs brasileiras e estrangeiras vieram entrevistar e filmar a Maria. As TVs da Alemanha, França, Itália, Japão, Espanha, dos EUA, Argentina e outras divulgaram amplas notícias dessa humilde anciã no mundo todo. Enciclopédias e outros livros brasileiros estão incluindo a Maria como campeã de longenvidade. E passou ela a ser carinhosamente festejada e homenageada até por altas autoridades do País.

Foi oficializada como Cidadã Honorária de 6 cidades, a começar pela cidade de São Paulo, a capital. Recebeu honrosas medalhas e muitos cartões de prata, de diversas entidades, inclusive do Papa João Paulo 11. Ninguém mais do que a Maria, divulgou, e continua divulgando a cidade de Itajubá no Brasil e em todas as partes do mundo civilizado.

O GUINNESS de 1994, edição brasileira, classifica a Maria do Carmo Jerônimo como a mulher mais velha do mundo. O GUWESS inglês, porém, que não aceita registro da Igreja (o registro civil brasileiro teve início com a República), preferiu atribuir esse recorde etário a uma francesa 4 anos mais moça que a Maria.

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