PERSONALIDADES MARCANTES
NICANDRO DIAS COELHO
( 07-11-1889   08-11-1961)

Nicandro é um dos memorabilíssirnos nomes que não podem ficar omissos na História de Itajubá. Seu vulto está na galeria dos realizadores pioneiros do progresso desta cidade. Filho de José Cândido Dias e de D. Maria Virgínia Dias Coelho.

Era, portanto, irmão de nosso saudoso comerciante José Dias Coelho. Casou-se em 30-07-1914 com D. Benedita Rennó Coelho (26-07-1895; sepultada em 01-03-1959), filha do Alferes Cândido João Rennó Sobrinho e de D. Sophia Umbelina Rennó.

No retrato apresentado, no centro estão Nicandro Dias Coelho e sua esposa D. Benedita, ladeados dos filhos Maria Sophia e Vidal Rennó Coelho.

Nicandro foi um notável propulsor do comércio itajubense das duas primeiras décadas do século XX. Foi o primeiro a montar uma quitanda com rico sortimento de frutas, verduras, tubérculos, cereais, ovos e hortigranjeiros. Estabeleceu-se com uma loja de perfumes, de papelaria, armarinho, bijuterias, ferragens, louças e cristais. Adquiriu de Antônio Bueno Caldas um modesto quiosque montado, em 1912, no jardim da praça Cesário Alvim (ora Theodomiro Santiago), onde eram vendidos bilhetes de loterias e alguns jornais do Rio de Janeiro, dos quais Caldas era o representante, tomando-se o pioneiríssimo nesse ramo de negócios.

Em 1914, transformou essa "banca" em uma loja, retirando-a do jardim público, fundando a primeira "agência" das grandes publicações, não só cariocas, como as de São Paulo e Belo Horizonte, como revendedor de jornais, revistas e livros, incluindo artigos para fumantes. Anos depois passou essa "agência" para seu sucessor José Caldas Campos. Era a época de "saudosas" revistas, como a "Eu Sei Tudo", "Ilustração Brasileira", "Cena Muda", "A Careta", "O Malho", "Fon-Fon", "Para Todos", "Revista da Semana", "Tico-Tico, famosa revista infantil iniciada em 1905, e tantos outros magazines, e jornais como "A Gazeta", "A Noite", "O Estado de S. Paulo", "O Jornal", "Correio da Manhã e tantos outros.

Deixando o comércio itajubense, Nicandro Dias Coelho mudou-se com a família para Aparecida-SP, a Aparecida do Norte, como ainda hoje é chamada.

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