Saulo Germiniani natural de Ouro Fino, começou sua vida como pequeno negociante naquela cidade, fabricando e vendendo linguiças de porta em porta. No início década de 70, veio para Itajubá, onde conheceu o fazendeiro e próspero comerciante Wagner Machado, então proprietário de um açougue na rua Cel. Joaquim Francisco no bairro Varginha.

Rosemburgo Romano, na época prefeito itajubense (1973/1976) resolvera transferir para iniciativa privada o Matadouro Municipal, que então era apenas um local de abate de gado. Saulo interessou-se pelo negócio e ofereceu sociedade a Wagner Machado que contudo não se interessou pelo empreendimento, mas teria dado todo o apoio logístico e financeiro a Saulo que adquiriu o Matadouro, localizado no bairro do Açude, quando ainda não existia o Bairro Jardim das Colinas, criando o Mafita - Matadouro e Frigorífico Itajubá Ltda., empresa familiar que já nos anos de 1980 tornar-se-ia uma das grandes empresas do ramo de abate mas também no ramo de frigorífico, abatendo e conservando carnes abatidas, sobretudo de gado de corte e suínos, para toda a região da qual Itajubá era polo, mais tarde expandindo-se para a região sul mineira e norte do estado.

O empresário Saulo Germiniani não se aliou, desde então, a quaisquer sócios estranhos ao seu círculo familiar, mantendo a empresa sob seu comando e, depois, sob o comando de seus filhos, até incorporá-la a um grande grupo empresarial do ramo frigorífico no final dos anos 1990.Em 1982, Saulo Germiniani se candidatou-se a uma cadeira na Câmara Municipal, onde permaneceu durante o mandato de Ambrósio Pinto (1983/1988), não se candidatando nas eleições seguintes (1988).

No final do segundo mandato do prefeito Rosemburgo Romano (1989/1992), resolveu sair candidato à prefeitura, vencendo no pleito de 1992, seu amigo Benedito Pereira dos Santos (BPS), assumindo o comando da cidade entre 1993 à 1996, período em que ainda não havia a reeleição no Brasil, que somente veio em 1998.

Saulo fez parte da história de Itajubá, contribuiu no engrandecimento da cidade, era um trator no trabalho sempre dedicado e fazendo sempre o melhor.

O ex-prefeito recebeu diversas homenagens póstumas, inclusive da atual administração itajubense, que decretou luto oficial por três dias, e foi enterrado no mesmo dia.

Saulo morreu os 76 anos de idade, vindo a falecer na madrugada de sábado do dia 11 de fevereiro. Seu velório ocorreu na capela da UNIFEI e foi sepultado no mesmo dia, no cemitério paroquial de Itajubá. Ele deixou esposa e quatro filhos, além de netos.